quarta-feira, 30 de março de 2011

Descarte de Sucata Eletrônica (BA)

Anualmente, são geradas mais de 50 milhões de toneladas de entulho tecnológico, o que representa 5% da produção mundial de lixo. E como o volume de lixo eletrônico é o que mais cresce, estima-se que nos próximos três anos essa quantidade triplique.
Muitos elementos (chumbo, cádmio, cromo e mercúrio, dentre outros) contidos nesses equipamentos trazem consequências irreversíveis ao solo, aos lençõis freáticos e à saúde da população. Ao serem lançados no lixo comum e encaminhados aos lixões, os riscos ambientais aumentam.
Priorizar os elementos que podem ser recuperados, a exemplo de ferro, prata e alumínio, é uma das algternativas para diminuir a degradação decorrente do descarte e do manuseio incorretos desses materiais. Para exemplificar, a composição de um computador: 40% de plástico, 37,5% de metais, 5% de dispositivos eletrônicos, 1% de borracha e 17% de outros elementos, sendo necessáiro desenvolver e implantar um sistema de gerenciamento destes resíduos, em que todos os agentes envolvidos, isto é, fabricantes/imortadores, revendedores, assistência técnica, consumidores, governo e organizações não-governamentais tenham suas atribuições bem definidas e articuladas.
Em Salvador, voluntários recolhem o material, separam o que vai ser reaproveitado e encaminham para São Paulo. De lá, o material segue para China e Rússia.

Para informação sobre descarte de material:

CDI Bahia - (71) 3473-3333, cdiba@cdi.org.br. Rua dos Colibris, 235 - Imbuí, Salvador, Ba.
Irmãos Joseval & Joandro Araújo - (71) 3241-1463, Rua do Carneiro, 54 - Nazaré.

Fonte:
Revista do CREA-Ba, Edição 26, PAG.24


quarta-feira, 23 de março de 2011

Fórum Mundial de Sustentabilidade - 24 a 26 de março de 2011

Em Manaus (AM) acontecerá o Fórum Mundial de Sustentabilidade, entre os dias 24 e 26 de março de 2011. O evento reunirá lideranças mundiais para debater o desenvolvimento sustentável. Um dos patrocinadores apresentará sua plataforma de sustentabilidade para os próximos anos com o objetivo de compartilhar os valores que norteiam a sua atuação e inspirar seus colaboradores e parceiros a adotarem uma rotina de vida e de trabalho mais sustentável.

A plataforma envolve compromissos ambientais, sociais e econômicos, relacionados à própria atividade da empresa, assim como a participação ativa na erradicação do trabalho escravo e no fim da exploração sexual de crianças e adolescentes. A iniciativa está fundamentada nos pilares que integram a sua visão: ética corporativa, desempenho responsável, transparência, conservação do planeta, incentivo às pessoas e mobilização de parceiros. A cada um deles correspondem programas específicos que estão sendo lançados para o aprimoramento permanente das práticas da empresa, por exemplo, em relação a compromissos voluntários públicos que estimulem melhores práticas na cadeia produtiva, principalmente nas áreas de logística e compras.

A segunda edição do Fórum Mundial terá a presença do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, o ator e ex-governador do estado americano da Califórnia, e o presidente do Grupo Virgin Group, Richard Branson, além de lideranças em sustentabilidade, presidentes das mais importantes empresas nacionais e internacionais, líderes políticos, lideranças acadêmicas e de ONG’s ambientais para discutir as práticas e mecanismos bem-sucedidos de desenvolvimento sustentável na Amazônia.


Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=150128
Acesso em 18/03/2011

domingo, 20 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Enrique Leff - Saber Ambiental

Saber Ambiental, Enrique Left, editoração e org. literária: Ana Kronemberger; Capa: Marta Braiman; 1998, Ed. Vozes Ltda, 474 páginas.

O livro é um olhar para a emergência e construção de um saber que ressignifica as concepções do progresso, do desenvolvimento e do crescimento sem limites, para configurar uma nova racionalidade social, com ressonâncias no campo da produção e do conhecimento, da política e das práticas educativas. O saber ambiental sacode o jugo de sujeição e desconhecimento que lhe foi imposto pelos paradigmas dominantes do conhecimento.

Este livro me acompanha já a alguns anos. É um excelente livro que aborda temas como globalização, ambiente e sustentabilidade do desenvolvimento, dívida financeia, dívida ecológica, dívida da razão, economia ecológica e ecologia produtiva, democracia ambiental, desenvolvimento sustentável, a reapropriação social da natureza, ética ambiental e direitos culturasi, ambiente e movimentos sociais, cidadania, globalização e pós-modernidade, o conceito de racionalidade ambiental, a formação do saber ambiental, sociologia do conhecimento e racionalidade ambiental, matematização do conhecimento e saber ambiental, o inconsciente in(ter)disciplinar, psicanálise e saber ambiental, universidade, interdisciplinaridade e formação ambiental, conhecimento e educação ambiental, educação ambiental, desenvolvimento sustentável, a pedagogia do ambiente, cultura, epistemologia política e apropriação do saber, Habitat/Habitar, demografia e ambiente, tecnologia, vida e saúde, qualidade de vida e racionalidade ambiental, espaço, lugar e tempo: as condições culturais do desenvolvimento sustentável, os direitos ambientais do ser coletivo, transgênese, história ambiental, tempo de sustentabilidade, globalização e complexidade ambiental, ética pela vida - elogio da vontade de poder.

Um livro que essencialmente educa para o saber ambiental. Imprescindível!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Preserve Muda Brasil


Hoje, segunda-feira de feriado de carnaval, casa vazia, livros na estante (tenho um blog de literatura, o Nós Todos Lemos) e o tempo chuvoso está convidando somente a reflexões), observo da sacada de meu quarto a minúscula muda que meu filho está cuidando no quintal, dentre tantas outras que já cuidou. É uma muda de laranjeira, que nasceu aleatoriamente.

Ele certamente não alcançou a época em que a rua tinha um tapete verde de manga em determinada época e por anos subsequentes. Não presenciou a árvore da felicidade da visinha que ganhou graças a uns morcegos voadores em noite escura um evidente motivo para um longo processo de pedido para ser extirpada. Não conheceu tantas outras árvores no bairro, na pequena cidade em que moramos que tem a indústria como mola propulsora a mudança de costumes que se misturam a hábitos de cidade grande como ter um bom asfalto para os carros que atravancam as poucas ruas. O ar não é mais puro, apesar da brisa do mar a refrescar as belas e suaves tardes onde o pôr do sol é um convite a chegada da noite que cede ao dia que foi batizado de mais claro do Brasil.

Voltando as mudas, observo meu filho que desce cedo aprendeu a cuidar das plantinhas em nosso curto quintal, na verdade uma entrada de garagem com pouca grama mas a persistência dele já fez verdadeiras mudas sobreviverem no interior: mangueira, laranjeira, pé de feijão (o colhido no quintal não foi suficiente para uma feijoada mas acompanhou outros de outras origens - 12 grãos de feijão).

Fico feliz com esta postura que aprendeu observando os hábitos da roça que costuma frequentar vez por outra. Aprendeu por si só a preservar em tempos escassos as mudas. Nosso Estado do Rio de Janeiro, conversando hoje via e.mail com uma amiga, já carece de mudas que são importadas de SP para a Mata Atlântica.

Tenho um amigo que me relatou em meados de 2010 a possibilidade de fundar um site para preservação de mudas, projeto de aposentadoria e enquanto isto faz um verdadeiro trabalho de herói anônimo. Tem um viveiro que preserva mudas e doa aos amigos. Nem sempre encontra interessados mesmo aqui nesta cidade do interior. Já ofereceu em portaria de prédios que agora alcançam mais que três andares, mesmo sendo a cidade de praia. Não querem mudas de plantas pois dariam trabalho de limpar as folhagens caídas. E a temperatura continua a subir, os temporais, os vendavais cada vez mais fortes. Outro dia tivemos um mini-ciclone por aqui. Registrado como um pequeno tufão. Alagamentos no RJ, tornam-se comuns.

O amigo, agora cuidando da saúde pois foi pego de surpresa recentemente, enquanto não resolve fundar o espaço online, resolvi aqui fundar este espaço para irmos crescendo como uma semente que antes que ser lançada à terra foi lançada em idéia, em conversa amiga. No momento, apenas temos perspectivas que poderão ser boas se cuidarmos bem das sementes, se observarmos as ervas daninhas impeditivas de bons futuros frutos e se regarmos o espaço. Então em um futuro teremos boas mudas, preservadas no dia-a-dia da vida.

Bem vindo ao espaço que acaba de nascer (melhor, de germinar)!

Imagem: Mini-orquídea fotografa em um canteiro em frente a um auditório na empresa onde trabalho. Quase imperceptível a olho nu ou aos olhares que passam desavisados.